12/12/2010

Amarelo quindim





Sempre quis que fosse alguém que soubesse cozinhar. Sempre quis que tivesse os melhores abraços, que fizesse o cafuné mais exato, que tocasse violão e tivesse uma voz suave e linda. Quis que soubesse tirar fotos, pra ela poder guardar o jeito como ele via o mundo. Quis que soubesse fazer massagens fabulosas e disponíveis a todo tempo, pra curar cada mundo que ela carrega nas costas – porque ela sempre ia carregar algum. Quis que fosse bonito, pra ela perder o fôlego pro resto da vida.

— AMARELO QUINDIM, DE LUIZA TRINDADE

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