04/04/2012

doce encontro...





ao nos encontrarmos, os olhares bateram... alma com alma, corpo sem corpo... só o vento batendo no rosto, e o seu perfume no ar. suave cheiro de lembrança, como gotas de vida numa cachoeira infinita de alegria... a saudade infinda, aperta, corrói... só que não destrói, não dói, nem faz sofrer! só pela alegria de saber, que tudo aquilo está muito bem guardado no baú dos sonhos, e que quando nossas almas conversam, eu posso sentir queimar, bem lá no fundo do meu coração gelado uma chama que um dia queimou ardentemente, mas que hoje está adormecida na mais bela paz espiritual. um abraço bem apertado, olhos fechados e lembranças orgásticas... indefinível... sobrenatural... amor!

by roney ferreira

maquiagem





em um fino trabalho e muito rímel apresento-lhes lindos e marcantes olhos verdes.
mas, se sentidas lágrimas escorrerem pela face, estou entregue!
escondendo revoltas internas em um traço forte e intenso de lápis preto, me sinto a salvo.
devo muito ao inseparável blush, por dar um ar saudável ás maças do rosto e nenhum sinal da auto destruição de cada dia.
com base á muita base, escondo escuras olheiras de estimação, cultivo-as a anos, fruto de noites em claro, onde o vazio corrói o ventre e tira-me o ar.
não uso batom, não quero evidenciar os lábios, estes escondem verdades ocultas das quais juro! gostaria muito acreditar que fossem mentira.
maravilhas cosméticas e jaz ... estou pronta!
finjo me aceitar.


by natasha zalewsky

03/04/2012

vazia...





fiz a soma das minhas superficialidades
noto minha fascinação por intelectos menores que o meu
...confortavelmente manipuláveis
sinto, já não ter mais controle das situações
cadáver vivo, divido espaço com meu ridículo super ego imaginário
no espelho, em uma moldura clara e simples sou aquilo que se vê
restos de comida num prato qualquer
sobras do almoço de um domingo cinza que passou
esperando que alguém me coma
ou me jogue fora
me embriago
tento organizar as ideias
as ressacas morais
as amnésias
a dupla personalidade
a incansável mania de me diminuir
a eterna busca por aceitação
isso explica tudo
meus vícios
exageros
é preciso aprender a dizer NÂO
não consigo!
não consigo aceitar certas condições
não consigo aceitar ser quem sou.
dificil!


by natasha zalewsky

13/10/2011

já não existe dor...




eu queria te contar que não dói mais. só que agora não importa tanto o que você vai pensar sobre isso.
queria que você soubesse que já vi nossos filmes milhares de vezes e nem chorei. ok, chorei. mas pelo filme, e não por você.
queria que você soubesse que tirei a poeira das nossas músicas, e que as ouço quase todos os dias. porque elas me faziam mais falta do que você fez.
os nossos lugares não são mais nossos. eu já voltei lá com outras pessoas, e escrevi lá outras histórias...
eu estou aprendendo a tocar violão. e a primeira música que toquei foi aquela música que era uma espécie de hino pra nós dois. ela é tão linda...e sim, ela continua sendo muito nossa e lembrando demais você. mas ainda sim, não dói.
você não pergunta essas coisas, mas sei que gostaria de saber. porque te conheço. e isso não mudou.
do mesmo jeito que adivinhei as coisas ruins que você aprontaria, eu sei as coisas boas que ficaram aí em você e te fazem lembrar de mim.
porque a vida segue. mas o que foi bonito fica com toda a força. mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga.
e a gente lembra. e já não dói mais. mas dá saudade. uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás. confesso que me dá uma saudade irracional de você. e tenho vontade de voltar atrás, de ligar, de te dizer mil coisas, e cair em suas mãos, sem me importar com nada, simplesmente te entregar meu coração. mas não, renuncio, me controlo e digo para mim mesmo que não é assim, que não pode ser, que você se foi, e não volta. (cfa)

29/09/2011

fuck love





te amo mesmo, talvez pra sempre. mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. foda-se esse amor. e foda-se você.

12/09/2011

sobre a importância...





já não me importa quanto tempo passou, não importa onde eu estou, não importa onde você está, abra os olhos pra dentro e ouça: ouve o meu coração clamando de amor pelo seu. amor incondicional, exatamente como sinto neste instante. não importa o quanto a gente mude, não importa que tentem te mudar, o que importa é que quanto mais a distância aparenta nos afastar, mais estamos juntos! e isso nunca muda, e como o sol que se põe e renasce... é isto que sinto por você, e eu sei, não muda nunca mais...

27/08/2011

tudo se perdeu...






ontem chorei. por tudo que fomos. por tudo o que não conseguimos ser. por tudo que se perdeu. por termos nos perdido. pelo que queríamos que fosse e não foi. pela renúncia. por valores não dados. por erros cometidos. acertos não comemorados. palavras dissipadas.versos brancos. chorei pela guerra cotidiana. pelas tentativas de sobrevivência. pelos apelos de paz não atendidos. pelo amor derramado. pelo amor ofendido e aprisionado. pelo amor perdido. pelo respeito empoeirado em cima da estante. pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. pela culpa. toda a culpa. minha, sua. nossa culpa. por tudo que foi e voou. e não volta mais, pois que hoje é já outro dia. chorei. apronto agora os meus pés na estrada. me pondo a caminhar sob sol e vento, até a eternidade...

14/08/2011

extrato da dor...



admito que doeu, que me sufocou. admito que eu não sabia pra onde correr. admito que me consumiu, que me corroeu, que me despedaçou. mas também admito me fez olhar pra frente e entender que tudo nessa vida tem uma razão, e que se você se machuca muito, começa a não doer mais tanto. (Caio Fernando Abreu)

29/07/2011

o sentido do amor...




[...] amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. o amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. se amor for a coragem de ser bicho. se amor for a coragem da própria merda. e depois, um instante mais tarde, isso sequer ser coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. o que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. porque então você se ama também. [...]

- pela noite

21/06/2011

amor em meio a revolta





que a luz do amor ofusque toda a guerra, que possamos amar mais e cobrir as cinzas pálidas do ódio... o mundo está desfocado, mas ainda bem que ainda existe a saída... e essa saída se chama amor...

02/06/2011

só com você...






ainda me sinto tão seu. talvez por um passado que teima em querer sempre continuar no presente, talvez pela forma como tudo acabou, talvez pelas vezes que você decide brincar-que-gosta-de-mim. talvez. mas o que não dá mais é pra viver pela metade, viver de suposições.
podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus? porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo. aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. é você quem sorri, morde o lábio, fala alto, conta histórias, me tira do sério, faz carinha de bebê, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. é agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar sereno. é para já que preciso contar as descobertas. “claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. mas e o dia de hoje?” não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. não negue, apareça. seja forte. porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. não posso esperar. tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. é preciso que você venha nesse exato momento. abandone os antes. chame do que quiser. mas venha! quero dividir meus erros, loucuras, e beijos... com você, só com você


texto de Caio Fernando Abreu

 
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